Os estimulantes prescritos, como dextroanfetamina, metilfenidato, lisdeanfetamina, podem ser indicados para o tratamento de TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade) e narcolepsia. Apesar de serem eficazes, eles podem causar diversos efeitos adversos. Entre os mais comuns estão problemas de sono, redução do apetite, perda de peso, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, irritabilidade, mudanças de humor e, em casos mais graves, agressividade ou tremores musculares.1
Muitos indivíduos misturam essas substâncias com álcool na busca de aumentar a euforia ou reduzir os efeitos colaterais indesejados do álcool.2 No entanto, a interação entre estimulantes e álcool pode mascarar a intoxicação alcoólica, levando ao consumo excessivo de álcool. Além disso, amplifica os efeitos no sistema cardiovascular, como elevação da pressão arterial, aumento do ritmo cardíaco e maior risco de arritmias e ataques cardíacos.3
No caso das pessoas que possuem TDAH, estudos indicam que o tratamento adequado com estimulantes prescritos pode reduzir o risco de uso abusivo e transtornos por uso de álcool e outras substâncias.4 Esse efeito protetor ocorre porque pessoas com TDAH frequentemente apresentam maior impulsividade e um sistema de recompensa desregulado, características que aumentam a probabilidade de buscar alívio imediato em comportamentos de risco, como o uso de álcool e drogas.5
Embora já se conheçam os riscos associados à mistura de álcool e estimulantes para tratamento do TDAH, ainda há uma necessidade de mais estudos para entender completamente os mecanismos de interação entre essas substâncias e suas consequências a longo prazo. Pesquisas futuras podem ajudar a esclarecer esses efeitos e contribuir para estratégias mais eficazes de prevenção e manejo de pacientes que utilizam essas medicações.