A pílula é um probiótico que foi usado com sucesso no tratamento de lesões hepáticas induzidas pelo álcool em ratos. Essa melhora foi associada a marcadores reduzidos de estresse oxidativo e inflamação intestinal e hepática, além de funcionar como uma barreira de proteção intestinal. A partir do estudo em animais, o medicamento foi testado em seres humanos empregando-se um suplemento nutricional composto predominantemente por espécies de bacilos, farelo de arroz fermentado, dextrina (um tipo de carboidrato), sais de magnésio de ácidos graxos e fosfato de cálcio.
As cepas bacterianas foram selecionadas para metabolizar preferencial e efetivamente o álcool etílico em gás carbônico e água, reduzindo a reabsorção adicional de álcool do trato intestinal. Desse modo, o ensaio clínico em humanos avaliou se o uso desta “pílula” como um suplemento nutricional poderia reduzir a disponibilidade de álcool para ser metabolizado pelo organismo.
Porém o estudo científico que pauta a viabilidade desta pílula é bastante limitado1, uma vez que foi feito apenas com 24 pessoas e, dessas, 10 não apresentavam concentração de álcool suficiente para uma medição efetiva. Isso significa que a amostra, na verdade, foi de apenas 14 pessoas e a quantidade de álcool administrada também não permite inferir o impacto nas funções cognitivas.
Mais estudos precisam ser feitos para podermos afirmar a eficiência da pílula, mas lembramos que o ideal para evitar a ressaca é a abstenção ou o consumo moderado de bebidas alcoólicas.