Um total de 44.187 mulheres na pós menopausa foram acompanhadas por 16 anos. No que diz respeito ao álcool, mesmo uma quantidade considerada pequena de 10 a 20 gramas ao dia (um drinque) já teve associação estatisticamente significativa, com um risco aumentado em 22%. A ingestão média de álcool acima de 20 gramas ao dia foi relacionada a um risco ainda maior, aumentado em 33%. A reposição hormonal também foi associada a um maior risco de câncer de mama, conferindo um aumento no risco em 49% dentre as que utilizaram a reposição por mais do que 5 anos.
A análise combinada dos riscos verificou que os efeitos do álcool e da reposição hormonal tiveram efeito aditivo na associação com o câncer de mama. Dentre as mulheres com uso de reposição hormonal por mais do que 5 anos e que ingeriram uma média de 10 a 20 gramas por dia houve um aumento no risco em 90%, e as que ingeriram uma quantidade maior do que 20 gramas ao dia tiveram um risco aumentado em 99%, ou seja, tiveram praticamente o dobro de risco de desenvolvimento da doença.
Segundo os autores do estudo, o maior risco de câncer de mama devido a associação dos dois hábitos pode ser devido a um aumento nos níveis de estrógeno sanguíneo, que é causado tanto pela reposição hormonal quanto pelo consumo de álcool.