Realizada anualmente por meio de entrevistas telefônicas em todas as capitais brasileiras e Distrito Federal, essa pesquisa coleta dados de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, como diabetes, câncer e hipertensão arterial. Além disso, monitora os fatores de risco relacionados, como uso abusivo de álcool, tabagismo, alimentação não saudável e inatividade física.
As informações obtidas permitem acompanhar a mudança na prevalência desses quadros, bem como nos hábitos da população brasileira, auxiliando a elaboração de programas para minimizar seus impactos, tais como ações de prevenção e promoção de saúde. O levantamento de 2017 teve amostra composta por 53.034 indivíduos de ambos os sexos, com idade a partir de 18 anos. Dentre os dados levantados, estão a proporção de pessoas que relataram fazer uso abusivo de álcool* e dirigir após consumo de bebidas alcoólicas.
A publicação de 2017 indicou que o consumo abusivo* de álcool nos 30 dias anteriores havia sido de 19,1%, sendo mais frequente em homens (27,1%) e mais observado naqueles do Distrito Federal. Entre as mulheres (12,2%), as belo-horizontinas foram apresentadas com a maior frequência de consumo. Em ambos os sexos, a frequência de consumo tendeu a reduzir a partir dos 35 anos de idade e a aumentar com os níveis de escolaridade.
Com relação ao hábito de beber e dirigir, 6,7% dos entrevistados relataram esse comportamento. Mais uma vez, a maior frequência desse hábito se deu entre os homens (11,7%). Entre as mulheres, 2,5% das entrevistas admitiram terem conduzido veículos automotores após o consumo de bebidas alcoólicas. Na totalidade da amostra, tal prática foi mais relatada na faixa etária de 25 a 34 anos, sofrendo aumento com a escolaridade.
Os dados do inquérito Vigitel podem ser encontrados em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigitel_brasil_2017_vigilancia_fatores_riscos.pdf
* Uso abusivo de álcool é definido como consumo de 4 ou mais doses (se mulher) ou 5 ou mais doses (se homem) de bebida alcoólica, em uma mesma ocasião, nos últimos 30 dias.