A cafeína é um estimulante que pode mascarar os efeitos depressivos do álcool, criando uma sensação de alerta e menor percepção de intoxicação. Isso aumenta o risco de consumo excessivo de álcool, uma vez que o indivíduo pode continuar bebendo sem se sentir completamente embriagado.1 Além disso, essa combinação eleva a probabilidade de comportamentos de risco, como dirigir sob o efeito de álcool ou participar de binge drinking, que são episódios de consumo excessivo de álcool.2
O consumo combinado de cafeína e álcool também foi associado a um maior risco de arritmias, segundo estudos com modelos animais, especialmente quando doses elevadas de ambas as substâncias são consumidas.3 Os efeitos na saúde podem ser severos, especialmente no sistema cardiovascular. A cafeína aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca, enquanto o álcool atua como um depressor do sistema nervoso. Quando combinados, esses efeitos podem resultar em estresse cardiovascular, aumentando o risco de arritmias cardíacas e outros problemas.2,3 Além disso, a combinação pode levar à desidratação e, em casos extremos, à intoxicação alcoólica, já que os efeitos do álcool são subestimados.1
Adolescentes e jovens adultos são particularmente vulneráveis, já que o consumo precoce de cafeína tem sido associado ao início mais cedo do uso de álcool, criando um ciclo de consumo que pode aumentar os riscos à saúde.4
Dado o potencial de riscos, é aconselhável evitar a mistura de cafeína e álcool ou, pelo menos, moderar o consumo de ambas as substâncias. Se energéticos ou outras bebidas com cafeína forem consumidos junto com álcool, é fundamental monitorar a quantidade ingerida para evitar o consumo excessivo. Indivíduos com problemas cardíacos pré-existentes ou que são mais propensos à ansiedade devem ser particularmente cuidadosos, pois a cafeína pode agravar esses sintomas.5
A combinação de cafeína e álcool representa uma prática perigosa que pode aumentar o consumo de álcool, prejudicar o julgamento e trazer graves consequências à saúde. Mais pesquisas são necessárias para entender completamente os impactos de longo prazo dessa combinação no organismo. Contudo, para reduzir esses riscos, é essencial estar ciente dos efeitos da cafeína sobre o consumo de álcool e adotar medidas preventivas.