Início do ano é um período de recomeço e muitas pessoas aproveitam esse momento para traçar novos objetivos e metas em prol de um estilo de vida mais saudável. Nesse sentido, reduzir ou parar a ingestão de álcool, mesmo que de forma temporária, pode trazer benefícios à saúde, especialmente após os exageros das festas.
“Cuidar da saúde física e mental é essencial para a prevenção de inúmeras doenças e está atrelado a escolhas saudáveis, sobretudo em relação ao álcool. Se o consumo ficou mais intenso e frequente ou ele ganhou demasiada importância na vida, é importante rever esse uso e lançar mão de estratégias para beber de forma menos prejudicial”, destaca Arthur Guerra, psiquiatra e presidente executivo do CISA.
Ele lembra, ainda, que é cada vez mais comum as pessoas decidirem fazer pausas periódicas na ingestão alcoólica. Essas pausas podem ser importantes para que a pessoa observe o lugar que o álcool ocupa em sua vida e possa fazer mudanças, caso descubra que a relação com a substância não é tão saudável. Nos últimos anos, inclusive, o movimento Dry January, que começou no Reino Unido e incentiva um janeiro sem bebida alcoólica, tem ultrapassado as fronteiras para alcançar novos adeptos em outros países, como o Brasil.
A mudança de hábitos muitas vezes não é uma tarefa fácil e para contribuir com esse processo, o CISA destaca cinco orientações que podem fazer a diferença:
- Se definiu que é hora de reduzir ou parar de beber, não adie. Defina uma data e comece.
- Compartilhe a intenção de diminuir ou cessar o consumo. Isso poderá fazer com que seus familiares e amigos se mobilizem para apoiá-lo.
- Afaste-se do que possa lembrá-lo do álcool ou desencadear uma vontade de beber, como bares e lojas ou setor de bebidas de um mercado. Também é válido não ter bebida alcoólica em casa.
- Preencha o tempo livre com um hobby e busque fazer atividades que não envolvam bebida alcoólica.
- Não se esqueça de que adotar outros hábitos saudáveis também irá ajudar nesse processo: procure se alimentar bem, ter uma boa noite de sono, praticar atividade física e beber água.
“O grau de dificuldade para reduzir o consumo ou parar de beber dependerá das características pessoais do indivíduo, da quantidade de bebida que costuma ingerir e se já apresenta complicações de ordem emocional, física ou interpessoal decorrentes desse uso”, explica o presidente do CISA, que recomenda a busca de auxílio de um profissional da saúde de confiança para uma avaliação detalhada, se houver dificuldade nesse processo.